1 de maio de 2009

Carta do Professor Alexandre

A quem possa interessar na UNESP-campus de Franca


Soube, lamentavelmente, que a rede de más-línguas, covardemente na minha ausência, tem tecido intrigas contra a minha pessoa, então, escrevo para esclarecer a quem interessar, para que mentiras ou sugestões maldosas não tomem corpo.
A minha ausência no corrente semestre deve-se a lesões decorrentes de um evento criminoso (roubo armado com reféns) do qual eu e minha família fomos vítimas. Durante o mesmo, sofri vários golpes, ora por socos, ora por chutes, ora por coronhadas, os quais resultaram em sangramentos, fratura craniana e lesões nas colunas cervical e torácica, à parte de danos psicológicos a todos os vitimados. Assim, minha licença deve-se exclusivamente a tratamento de saúde, o que se comprova por atestados médicos e exames clínicos.
NÃO POSSUO VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM NENHUMA OUTRA INSTITUIÇÃO ALÉM DA UNESP. Se o meu nome consta em páginas da Internet de outras instituições, tratam-se de lugares nos quais tive participação esporádica ou anterior à UNESP, e que podem se achar no direito de fazer referência a mim como membro de “corpo docente”, sem mencionar que não existe ou que nunca existiu vínculo. Desta forma, a minha licença NÃO se deve à minha atuação profissional em nenhum outro lugar, mas, novamente e somente, decorre de problemas de saúde.
Tais problemas, em conjunto, levaram-me à decisão que me pareceu a mais correta: o desligamento da orientação dos grupos de pesquisa e extensão dos quais eu participava. Além do período sem poder falar, as lesões na coluna não permitem que eu permaneça mais do que por breves períodos de tempo em uma mesma posição, seja em pé, sentado ou deitado. E a alternativa à dor é uma medicação que me incapacita de concentrar em qualquer coisa. Não estou em busca de piedade ou solidariedade, mas tão somente de que os alunos estejam a par da minha ausência e da impossibilidade de prosseguir com as orientações dos grupos. Se alguém está se aproveitando da situação, cada um tem a sua consciência para escolher agir de forma conveniente e voltada para a intriga –ao invés da maneira correta, honesta e ética.
Da mesma forma, dirijo esta carta aos alunos, também, creio, vítimas dos fuchicos e maldades que, ao que tudo indica, fluem pelo Curso. Não vou detalhar mais o esforço de escrever esta carta, mas vou lembrá-los de que licença para tratamento de saúde é um direito legítimo, o qual pode e já foi utilizado por professores e também alunos -os quais podem justificar ausências em sala e até mesmo solicitar avaliações em circunstâncias especiais, dependendo do caso. Creio que sofrer, comprovado de forma clínica, com dores ininterruptas na estrutura do corpo, com risco de danos ainda maiores, que impossibilitam a locomoção, concentração e comunicação, seja justificativa mais que suficiente.
Não entrarei no mérito, portanto, de acusações absurdas e hiperbólicas sobre eu estar “desestabilizando” o Curso de Relações Internacionais, não apenas por estar sem condições de lecionar e em posse de pleno direito legítimo, mas também pelo fato de eu ter lecionado, por vários semestres, disciplinas para as quais não fui concursado e mais de uma disciplina, pelo bem do Curso, ajudando além do que muitos fizeram. Cada um tem a sua consciência para escolher se o uso da memória é utilizado de forma conveniente e voltada para a intriga –ao invés da maneira correta, honesta e ética. Além disso, há mecanismos institucionais para lidar com casos de licença para tratamento de saúde, e eu alertei à Instituição assim que pude quanto ao meu caso. Desestabilizadora é a acusação em si, além do fato de que, à parte de poucos funcionários, nenhum outro colega docente, nem a Coordenação de Curso, nem a Chefia do Departamento se importarem em sequer perguntar sobre a condição do meu estado de saúde.
Da mesma maneira, é uma questão de consciência, ética e de humanidade –podendo até se tornar em problema de ordem legal- depreciar uma pessoa com a saúde debilitada de maneira covarde e injustificada. É impressionante a capacidade de certas pessoas de colocar a culpa e fazer intriga –com segundas intenções ou não- sobre a vítima e esquecer dos meliantes que causaram os problemas. Tal atitude sugere traços de caráter. Que fique clara a razão da minha ausência e redução das minhas atividades. Que cada um se coloque, ao invés de comentar ou criticar, na posição de mais uma vítima de violência extrema física de um lado e de ataques pessoais por questões de intrigas de outro. E que cada um lide com sua consciência e que pese as conseqüências de seus atos.


Prof. Dr. Alexandre Ratner Rochman

3 comentários:

Felipe disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Felipe disse...

E quais são as fofocas??

Danilo disse...

Genten... o Alexandre está metido em mais um escândalo???