15 de janeiro de 2009

Sexo fica mais conservador em períodos de crise econômica, diz sociólogo

da EFE, em Madri

Os períodos de crise econômica fazem com que as pessoas fiquem "mais conservadoras" em seus comportamentos sexuais, segundo o professor de Sociologia da South Bank University de Londres, Jeffrey Weeks.

Autor de vários livros sobre a influência social na sexualidade, Weeks assegurou à Agência Efe que, diante da instabilidade financeira, as pessoas passam a ter posturas "mais fundamentalistas" em matéria sexual.

Já nos momentos em que a economia está forte, as pessoas se sentem mais relaxadas e abertas a comportamentos sexuais diferentes dos tradicionais e formas alternativas de convivência familiar, acrescentou.

O professor disse ainda que a falta de dinheiro não provoca "retrocessos" na abertura da mentalidade registrada nos últimos 30 anos.

Weeks acredita que a aceitação das diversas tendências sexuais está 'profundamente arraigada à vida cotidiana', e por isso a crise não vai gerar uma involução social.

Em sua opinião, as pessoas entendem agora novos modelos de família diferentes do casamento heterossexual defendido pela Igreja como a única união sexual legítima entre seres humanos.

Para o sociólogo, "o moralismo é o maior inimigo" de uma sexualidade saudável, na qual o importante não é o tipo de atos praticados, mas o respeito mútuo e de outras pessoas.

Weeks sustenta também que a concepção que temos da sexualidade é determinada pelas doutrinas religiosas e políticas, que marcam o correto ou incorreto em detrimento da liberdade de escolha.

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